Para possibilitar o atendimento à população de Itajaí, Pomerode e Gaspar , cidades também supostamente atingidas pelas cheias simuladas, o Corpo de Bombeiros Militar, montou equipes de Forças-tarefas nestas cidades, prevendo a impossibilidade de acessos. Por conta da interdição de ruas, com a elevação do nível dos rios. as equipes foram simuladamente dispostas em áreas elevadas e que permitissem o deslocamento seguro às ocorrências. Em situações reais, estas estratégias são adotadas para evitar que as comunidades fiquem sem receber atendimento pela dificuldade de acesso. Entretanto, em caso de desastres naturais por vezes a mão de obra local acaba sendo suplantada, exigindo a vinda de reforços de outros locais ou instituições.
Em Itajaí, a ocorrência inicial da manhã foi bastante complexa, simulando um soterramento de múltiplas vítimas em empresa de cimento. Foi necessário empregar dez Bombeiros Militares, com dois binômios para buscas das vítimas, sendo dois óbitos. Uma outra vítima estaria parcialmente soterrada no cimento e consciente, já outras duas vítimas em estado grave, necessitavam de atendimento rápido.
Na parte da tarde, a ocorrência em Itajaí simulou a queda de uma lage. Os cães foram novamente empregados indicando a localização dos corpos. O resgate foi complexo e exigiu técnicas de escoramento em estruturas colapsadas, com uso de almofadas pneumáticas, capazes de levantar, suportar e estabilizar até 77 toneladas de peso.
Outra ocorrência de estrutura colapsada foi encenada em Pomerode. No local, o desabamento de uma casa exigiu atuação coletiva para retirada das vítimas simuladas. Cães também foram empregados para busca sob os escombros.
Posteriormente, as equipes foram mobilizadas para uma intervenção em Gaspar, com transposição de curso de água pelo Exército e atuação das Forças-tarefas do Corpo de Bombeiros Militar para busca e resgate de vítimas em inundações e enchentes.
A última ocorrência da noite foi em Pomerode e contou com apoio mais uma vez do Exército Brasileiro, que realizou uma intervenção sobre o rio para permitir a passagem das equipes de socorro do Corpo de Bombeiros Militar, do SAMU e dos Bombeiros Voluntários. A situação simulava um casal que teria ficado ilhado com a queda de uma ponte em frente a residência, no momento em que se deslocavam à maternidade pois a mulher entrara em trabalho de parto. Uma boneca de parto foi usada para simular o atendimento prestado pelo médico do SAMU, que realizou o exercício simulado seguindo os protocolos reais de atendimento.
Em todas os exercícios, a comunidade parava para prestar atenção e assistir aos treinamentos.
O simulado encerra nesta quinta-feira, 17/05 com uma ocorrência coletiva no Centro de Blumenau.
Confira aqui a galeria de fotos do segundo dia do simulado.
Texto: Krislei Oechsler- Jornalista
Fotos: Soldado BM Jackson Jacques
Centro de Comunicação Social
Corpo de Bombeiros Militar
