Foi confirmada nesta terça-feira, 27, a identidade do corpo resgatado no último domingo, 25 de maio, na Lagoinha do Leste, em Florianópolis, como sendo de José Maria Alday, de 70 anos. O turista argentino estava desaparecido desde o dia 15 de maio na região Sul da capital. A identificação, realizada pela Polícia Científica de Santa Catarina, encerra uma operação de busca e salvamento complexa conduzida pelo Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC).
Localização da vítima
No sábado, 24, enquanto as buscas prosseguiam, a Central de Emergências (COBOM) do CBMSC recebeu a informação de um pescador, que avistou algo que parecia ser um corpo em um costão rochoso remoto, entre a Lagoinha do Leste e o Pântano do Sul.
Imediatamente, a aeronave Arcanjo-01 foi deslocada para o local, confirmando a informação. O ponto exato onde o corpo foi encontrado era de dificílimo acesso, só possível por via aérea. No entanto, as condições meteorológicas adversas (chuva) e a presença de muitas aves no local inviabilizaram o resgate imediato. Um novo planejamento foi elaborado para o domingo, com a expectativa de condições climáticas mais favoráveis.
Na manhã seguinte, dia 25, o resgate foi finalmente realizado e classificado como uma operação de altíssima complexidade. O corpo de José Maria Alday estava entre pedras, aproximadamente 50 metros acima do nível do mar, em uma encosta íngreme e escorregadia. A equipe do GBS conseguiu acessar o local utilizando técnicas de rapel, com o fundamental suporte da aeronave Arcanjo-01.
O capitão Rafael Vieira Vilela, comandante do GBS e coordenador das buscas, destacou a dificuldade da missão: "A missão exigiu planejamento detalhado e extrema habilidade técnica dos bombeiros, diante do terreno hostil e dos riscos envolvidos. O acesso ao local era muito difícil, sendo necessário o desembarque das equipes com aeronave ainda em voo em baixa altura, em uma pedra acima do ponto onde o corpo estava localizado, bem como o emprego de técnica de rapel para descida até o local, fatores que elevaram o risco da operação."
A atuação conjunta do Grupamento de Busca e Salvamento (GBS), do Batalhão de Operações Aéreas (BOA) e do serviço de cinotecnia (cães de busca) do CBMSC demonstra o alto nível de preparo, comprometimento e excelência técnica das equipes especializadas em missões de resgate em ambientes remotos e de difícil acesso.
A confirmação da identidade do turista encerra o trabalho de busca, mas reforça o comprometimento dos profissionais envolvidos.