Dentre uma série de ações criadas pelo Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC), para melhoria de diretrizes e aprimoramento das equipes Forças-Tarefa (FTs), está a aproximação com locais de referência. O primeiro passo dado pela corporação catarinense, que frequentemente atua em sinistros por fenômenos climáticos, foi com o Japão, que é o país destaque em respostas a desastres.
A partir de uma iniciativa da Coordenadoria da Força-Tarefa, o CBMSC participou de um edital da Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA), para inclusão no curso chamado "Rescue Techniques", um programa com o objetivo de contribuir com a melhoria de técnicas de resgate em desastres e difusão de informações com base na experiência de como o Japão tem lidado com situações emergenciais. Além disso, o intuito também foi o intercâmbio de informações para posterior aprofundamento do entendimento mútuo entre os participantes e o reforço de redes de relacionamento entre o Japão e os países participantes.
Com a homologação da participação, o CBMSC enviou o capitão Fillipi Thiago Pamplona para representar a corporação nesta missão internacional. Para participar do curso, o oficial precisou comprovar conhecimento no idioma inglês em nível avançado e atuação em função de comando em resposta a desastres. Após uma série de encontros online nos meses anteriores, o curso ocorreu de forma presencial de 06 a 18 de fevereiro em Osaka, ministrado pelo Departamento de Bombeiros daquele município, com apoio do Centro de Cooperação Internacional do Japão (JICE). As aulas foram ministradas em japonês, com tradução imediata para inglês.
"O curso serviu não apenas para adquirir conhecimentos de técnicas de resgate, mas também para dar início à parceria do CBMSC com o Departamento Municipal de Bombeiros de Osaka, segunda maior região metropolitana do Japão. O intercâmbio de experiência, tecnologia e conhecimento pode nos auxiliar a evoluir como corporação", destaca Pamplona.
O grande intuito do CBMSC nesta troca de conhecimentos é reescrever a Diretriz Operacional das FTs, bem como atualizar técnicas de Intervenção em Áreas Deslizadas, aprimorando o trabalho da corporação, que hoje já serve de modelo para outras corporações a nível nacional.
O militar catarinense foi o único brasileiro dentre os oito alunos no curso, que contou com dois participantes do Egito, um da Geórgia, um do Vietnã, um do México, um de Gana e um do Quênia.
Aplicação dos conhecimentos
No começo deste mês a coordenadoria de Força-Tarefa se reuniu em Chapecó, iniciando a revisão da Diretriz Operação Padrão do serviço das FTs e já foram incluídos aspectos trazidos pelo capitão Pamplona do Japão, com o intuito de termos um modelo mais organizado de acionamento e resposta. No final de março o material será apresentado aos demais oficiais da corporação durante o Seminário dos Oficiais Estaduais.